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Gigantomastia

RIBAS: Diagnosticada com gigantomastia, dona de casa pede ajuda para cirurgia

Gerusa diz que o sonho é ter uma vida normal


Renata Silva Especial para o Capital New

"Eu sofro muito com dores nas costas, nos ombros, fora os hematomas na pele", desabafa Gerusa que, desde os 19 anos sofre de Gigantomastia um termo utilizado para definir as hipertrofias mamárias gigantes, que ultrapassam os volumes convencionais. Por causa do tamanho dos seios, a mulher de 34 anos, não consegue trabalhar e está desempregada.

Gerusa Daiane da Silva Souza mora em Ribas do Rio Pardo, município que fica a 97 quilômetros de distância de Campo Grande. Ela conta que desde nova se incomodava com o tamanho dos seios, mas conseguia ter uma vida normal, no entanto o tempo passou, vieram os filhos e o seio aumentou e a situação se tornou insustentável. "Muitas dores nas costas e ombros, eu não consigo ficar quieta, tenho que ficar sempre em movimento. De dia até dá para superar com remédio, já a noite", detalha.

Além das dores, a dona de casa de 1,65 de altura que precisa encomendar sutiã para poder sustentar os seios, sofre com as assaduras causadas pelo excesso de peso das mamas, "quando é verão embaixo deles assa e fere, é horrível", acrescenta. Gerusa têm cinco filhos de 19 a quatro anos, é amasiada, quando os incômodos começaram os médicos disseram que o motivo seria a amamentação, mas os filhos cresceram e a situação piorou.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o excesso de mamas é um problema grave que prejudica a rotina das mulheres. Após aos 35 anos, as pacientes podem até desenvolver sérios problemas na coluna, hérnias e também baixa autoestima e até depressão.



Nesses casos, a cirurgia plástica de redução das mamas é a melhor caminho para corrigir este excesso. Ela é indicada para todas as mulheres que têm excesso de mamas, inclusive em adolescentes. No entanto, é importante esperar a idade entre 16 a 18 anos para garantir o desenvolvimento completo dos seios.

A dona de casa procurou a saúde pública, passou por uma consulta com ortopedista, que indicou a cirurgia de redução de mama pelo SUS (Sistema Único de Saúde), porém, segundo ela, a informação que recebeu na Secretaria de Saúde de Ribas do Rio Pardo foi a de que o procedimento não poderia ser realizado. "A atendente pediu para que eu entrasse atendimento em Campo Grande, mas não consegui até o momento resolver esse problema".

Fotos do excesso de mama e da assadura causada pelos seios

Nossa reportagem procurou a Secretaria de Saúde de Campo Grande que divulgou a seguinte nota: A paciente em questão passou por uma consulta com cirurgião no último dia 20 de maio, no hospital do Pênfigo, em Campo Grande contudo no ato do lançamento da solicitação, foi encaminhada para a mastologia geral. Durante consulta, o profissional cirurgião avaliou que a necessidade desta paciente é para a cirurgia plástica. Como se trata de um lançamento errôneo por parte da unidade de saúde, a solicitação foi devolvida para a unidade, desta forma a paciente deve retornar ao local e pedir para que a equipe faça a atualização. Ou seja, ela terá que retornar na unidade de saúde de Ribas do Rio Pardo para pedir uma nova solicitação e inserir no sistema.

Enquanto aguarda a cirurgia, a dona de casa sonha em poder ter uma vida normal, voltar a trabalhar e ajudar o marido a sustentar a casa e os cinco filhos. "Meu sonho é reduzir esse seio. As pessoas pensam que é estética, mas não é, não quero passar vergonha ao procurar um sutiã", finaliza.

Capital News

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