Segundo a polícia, a dupla perdeu uma primeira partida e foi buscar mais dinheiro para uma revanche. Mas, perdeu também o segundo jogo e começou a ser alvo de piadas das pessoas que estavam no bar
A cultura armamentista e de ódio provocou mais uma tragédia em um momento que seria de lazer em Sinop, cidade do chamado "Nortão" do Mato Grosso, que ficou conhecida nos últimos tempos por se tornar um dos principais redutos de apoio a Jair Bolsonaro (PL) no Brasil.
Da região saíram boa parte dos golpistas que promoveram atos terroristas em Brasília e é lá onde estão boa parte dos investigados pela Polícia Federal (PF) por financiar atos terroristas.
Na tarde desta terça-feira (21), Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, promoveram uma chacina após perder um jogo de sinuca em um bar no Bairro Jardim Lisboa na cidade, que está localizada a 504 quilômetros da capital, Cuiabá.
Edgard tem em seu perfil nas redes uma foto com boné de Bolsonaro. O outro, segundo a mídia regional, também seria apoiador ferrenho do ex-presidente.
Segundo a polícia, a dupla perdeu uma primeira partida e foi buscar mais dinheiro para uma revanche. Mas, perdeu também o segundo jogo e começou a ser alvo de piadas das pessoas que estavam no bar.
Um deles, então, sacou um revólver e rendeu as pessoas que estavam no bar, colocando sete delas em frente a uma parede.
O segundo homem foi até o carro e voltou com uma espingarda calibre 12 e começou a atirar, matando com tiros à queima-roupa seis pessoas, entre elas uma adolescente de 12 anos. A sétima vítima, que chegou a ser socorrida em estado grave pelo Corpo de Bombeiros, morreu no centro cirúrgico do hospital do município.
Entre as vítimas estão pai e filha, clientes e o dono do bar. Foram assassinados: Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos, que é filha de Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos, que também foi morto. As outras vítimas são Adriano Balbinote, 46; Orisberto Pereira Souza, 38; Josué Ramos Tenório, 48; Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, Elizeu Santos da Silva, 47 e Josué Ramos Tenório, 48 que era de Fátima do Sul, mas morava no Mato Grosso, onde tinha uma distribuidora de frutas em Rondonópolis.
Em áudio que circula em grupos de WhatsApp, um conhecido da família, disse que o empresário começou vendendo abacaxi nas ruas de Fátima do Sul. "Batalhador pra caramba. Vendia frutas em Dourados, Maracaju. Começou a expandir o negócio e foi embora para o Mato Grosso. Vinha direto aqui com a família numa Hilux. Ficou bem de vida com esse negócio de fruta", contou. A vítima será velada e sepultada no Mato Grosso.
As imagens foram registradas pelas câmaras de segurança do bar. Antes de deixar o local, o assassino pega o dinheiro que perdeu na partida em cima da mesa de sinuca.
Folha de CG