Dnit faz sinalização no asfalto, mas não chegou a quilômetro de acidente fatal

Obras na rodovia, que é a rota da celulose, prosseguem até a primeira quinzena de julho

Por Aline dos Santos e Bruna Marques em 28/06/2023 às 16:15:29

Equipe faz marcação na BR-262, etapa que antecede a pintura do asfalto. (Foto: Marcos Maluf)

A pintura de faixa no asfalto da BR-262 foi iniciada, mas ainda não chegou ao quilômetro 285, no sentido Campo Grande a Ribas do Rio Pardo, onde duas mulheres morreram em acidente entre Fiat Uno e caminhão.

A colisão frontal, na manhã de segunda-feira (dia 26), aconteceu em ponto da BR-262 sem sinalização no asfalto. A rodovia passa por obras de recapeamento.

Mas, como primeiro é feita a aplicação de massa asfáltica para depois vir frente de obra com a sinalização da pista, a BR-262 fica com "pontos cegos". Antes do trecho do acidente, a 200 metros, há uma placa vertical proibindo a ultrapassagem.

Na terça-feira (dia 27), o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responsável pela manutenção das rodovias federais, informou que está realizando a sinalização na via.

Pista fica sem sinalização horizontal após obras de recapeamento. (Foto: Marcos Maluf)


Hoje, equipe do Campo Grande News percorreu 64 km, no sentido Capital a Ribas do Rio Pardo. A equipe responsável pela sinalização fazia marcação no asfalto antes do km 285. Na sequência, com auxílio de máquina, será feita a pintura da sinalização horizontal.

De acordo com o órgão, no último fim de semana, foi finalizado o micro revestimento da pista, restando apenas concluir a sinalização no local onde ocorreu o acidente.

Os motoristas que trafegam pelo local precisam redobrar as atenções, pois ainda de acordo com o departamento, as obras que estão sendo realizadas na BR-262, que consistem na aplicação de massa asfáltica e sinalização, seguirão até a primeira quinzena do mês de julho.

Acidente - O motorista do caminhão contou que seguia da Capital sentido a Três Lagoas, quando tentou uma ultrapassagem. Ao perceber que não daria tempo, jogou o caminhão para o acostamento do sentido contrário.

Contudo, a condutora de um Fiat Uno preto, placas de Campo Grande, também jogou para o acostamento e os veículos colidiram de frente. A motorista Jéssica Silva Soares, 38 anos, e a passageira Bruna Rodrigues de Souza.

Motocicleta circula em alta velocidade pela BR-262, na saída de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Viagem – A reportagem verificou que as obras melhoraram a qualidade da pista até Ribas do Rio Pardo, mas o perigo vem do abuso de velocidade. Num dos pontos, apesar de a placa indicar limite de 60 km/h (quilômetros por hora), motocicleta circulava em velocidade bem superior.

Em geral, o acostamento tem boa qualidade, mas com buracos e ondulações no km 279, perto de posto de combustíveis. A equipe ainda passou por um ponto de pare e siga, com parada do veículo da reportagem por sete minutos.

No trajeto, o Campo Grande News também registrou o transporte de grande peça para indústria, que excedia as dimensões da via. O veículo era acompanhado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Desde o fim de 2022, a polícia tem feito escoltas de veículos que levam peças para a fábrica de celulose da Suzano, que está em fase de construção na cidade de Ribas do Rio Pardo. No período de dezembro de 2022 a abril deste ano, foram mais de cem escoltas. Ao todo, a previsão é chegar a 350 escoltas durante todo 2023.

Veículos tomam a via durante o transporte de peças para fábrica em Ribas do Rio Pardo. (Foto: Marcos Maluf)

A presença das escoltas é regulamentada pelo Dnit na Resolução 11, datada de setembro de 2022. O objetivo é garantir a sinalização das cargas para promover um trânsito seguro.

As orientações são para que, ao avistar uma escolta ou uma carga superdimensionada, o condutor reduza a velocidade e observe o sinal dado pela PRF.

Em seguida, direcione seu veículo para o acostamento, de forma a garantir distância segura, ou o imobilize se necessário e conforme sinalizado pelo policial. Além disso, é importante sinalizar por meio do uso do "pisca-alerta" para garantir que os demais condutores também se atentem para o risco e reduzam a velocidade.

Fonte: Campo Grande News

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