Nem mesmo o prédio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande se livrou da infestação de escorpiões que atinge diversas regiões de Mato Grosso do Sul. De acordo com Sandro Benites, secretário municipal de saúde, na semana passada servidora foi picada dentro do prédio onde funciona o órgão do Município.
"Eu nunca sofri uma picada, mas nossa colega superintendente já. Ela foi picada semana passada lá na Sesau, teve muita dor, mas ficou muito bem", revelou enquanto comentava sobre os efeitos do veneno no corpo.
Após o episódio, Benites atribuiu a situação às condições do prédio e afirmou que medidas foram tomadas para evitar novos ataques. "A gente fez dedetização preventiva porque lá é um prédio antigo que também tem [escorpiões]. O escorpião é uma praga urbana no Brasil e Campo Grande também está tomada", explicou.
Na noite de ontem (4), idosa de 74 anos foi parar em uma unidade de saúde depois de ser picada pelo animal peçonhento no bairro Santa Fé, em Campo Grande. O escorpião estava escondido em uma calça e acabou picando a aposentada por três vezes.
Conforme o secretário de saúde da Capital, apesar do alerta válido para toda a cidade, em Campo Grande a maioria dos ataques são considerados leves. "Não tivemos óbitos neste ano e em Campo Grande, a imensa maioria, mais de 98% dois casos, são acidentes leves, que basta um botão anestésico e tirar a dor do paciente", detalha.
Ajuda a Ribas do Rio Pardo
Após o registro da morte de duas crianças em Ribas do Rio Pardo, Campo Grande dará apoio ao município de Ribas do Rio Pardo no combate aos escorpiões.
"Na sexta-feira vamos a Ribas treinar agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde. Os médicos, enfermeiros e o corpo clínico do hospital já foram treinados, assim como é feito em Campo Grande", pontuou.
Mais 700 casos
Campo Grande registrou o maior número de vítimas de escorpiões até o momento, com 787 acidentes. Além da Capital, outros municípios ultrapassam os 100 casos: Três Lagoas (431), Paranaíba (189), Corumbá (133), Dourados (110), Brasilândia (106) e Cassilândia (104).
Nota divulgada pelo Governo do Estado sugere que moradores devem tomar medidas para evitar os acidentes, como:
- usar água sanitária nos ralos e frestas de portas;
- instalar barreiras mecânicas nas portas;
- evitar o acúmulo de entulhos;
- fechar frestas e rachaduras nas paredes;
- manter o ralo do banheiro fechado após o banho e vedar bem as caixas de gordura.
Em caso de picada, é necessário lavar o local da picada com água e sabão e procurar a unidade de saúde mais próxima e passar por atendimento imediatamente.
Caso consiga capturar o animal, evitando contado direto, ele deve ser recolhido e levado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município para auxiliar na identificação e medidas de prevenção e controle da espécie.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com o Ciatox pelos telefones: (67) 3386-8655 e 0800-722-6001 e 150. A equipe oferece teleatendimento aos profissionais de saúde, diagnóstico e identificação de animais peçonhentos e plantas tóxicas.
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