Uma mulher de 48 anos procurou a Delegacia de Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo para relatar sua triste experiência. No dia 11 de outubro, a vítima, que havia alugado um imóvel na cidade, se viu em um dilema após enviar dinheiro de forma equivocada via transferência Pix, e a receptora se recusar a devolvê-lo.
A vítima, que estava negociando a devolução do imóvel com a proprietária do prédio, recebeu um número de telefone da mesma com a intenção de ajudá-la a encontrar um novo local. No entanto, um terrível equívoco ocorreu quando a inquilina interpretou o número como sendo da dona do imóvel, a quem ela devia o pagamento. Sem desconfiar, a mulher enviou o dinheiro e, somente após a transação, percebeu seu erro crasso.
Desde então, a vítima tem feito inúmeras tentativas de contato com a pessoa que recebeu o valor indevido, mas até o momento, essa pessoa se recusa a efetuar a devolução. O caso foi registrado pelas autoridades como "apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza" e agora está sob investigação da Polícia Civil.
O Banco Central do Brasil oferece orientações claras sobre como lidar com situações de transferências Pix equivocadas. O primeiro passo é entrar em contato com o recebedor e solicitar a devolução do valor. No entanto, é importante ressaltar que essa abordagem costuma funcionar melhor quando o recebedor é alguém conhecido, que está disposto a corrigir o equívoco.
Devido à natureza irreversível das transações Pix, a vítima dependerá da boa vontade da pessoa que recebeu o valor indevido. No entanto, se o recebedor se recusar a efetuar a devolução, existem alternativas. A vítima pode entrar em contato com a instituição financeira pela qual realizou a transação e buscar assistência nesse processo.
É crucial destacar que a recusa em devolver dinheiro recebido erroneamente configura um crime, o que abre a possibilidade de tomar medidas judiciais. Casos como o ocorrido em Ribas do Rio Pardo servem como alerta para a importância da integridade e do bom senso nas relações financeiras, e demonstram a necessidade de responsabilidade em todas as operações de transferência, mesmo as mais simples e ágeis, como o Pix.
Fonte: Redação 90FM