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MAUS TRATOS

Bebê morta por desnutrição só comia mingau e estava dois quilos abaixo do peso ideal

A mãe foi presa em flagrante por homicídio qualificado por ser praticado contra menor de quatorze anos, na modalidade comissiva por omissão, em razão da mãe ser garantidora legal da criança.


Divulgação

A bebê, de dois meses, que morreu por desnutrição em Ribas do Rio Pardo, nessa segunda-feira (8), só comia mingau e estava com 2 quilos abaixo do peso ideal para sua idade. A mãe da criança foi presa e passa por audiência de custódia nesta tarde de terça-feira (9).

Conforme a delegada Paula Barreto, responsável pelo caso, a mãe e a avó prestaram depoimento na delegacia de Polícia Civil da cidade. A mulher disse que não faz ideia do que motivou a morte da criança, e que era a sua mãe – avó da bebê – quem cuidava da menina. Além disso, ela alegou que não sabia do estado de desnutrição ou desidratação da filha.

No entanto, a avó da criança contradiz a versão contada pela mãe. "Alegou que de fato ajudava na criação, mas não impedia a mãe de cuidar da filha. Disse que estavam alimentando a criança com mingau de maisena e água", explicou a delegada.

Outra informação repassada pela delegada é a de que a criança estava pesando 3 quilos. Porém, o peso normal para sua idade é de 5 quilos, segundo explicou o médico à Polícia Civil.

A mãe foi presa em flagrante por homicídio qualificado por ser praticado contra menor de quatorze anos, na modalidade comissiva por omissão, em razão da mãe ser garantidora legal da criança.

A permanência dela na prisão dependerá da decisão da juíza após o término da audiência de custódia nesta terça-feira (9).

Relembre o caso

A bebê, de apenas dois meses, morreu no Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues, em Ribas do Rio Pardo, nessa segunda-feira (8). Diante disso, a mãe foi presa por não alimentar corretamente a filha.

No hospital, a mulher foi questionada pelo médico sobre a alimentação da filha e admitiu que nunca amamentou a menina. Ela ainda afirmou que, desde que recebeu alta do parto, a mãe dela era quem alimentava a criança.

Não há registro do pai na certidão de nascimento da criança, no entanto, à polícia, a mulher disse que o suposto pai pediu a ela o teste de DNA para que pudesse se certificar da paternidade e registrar o bebê.

A morte é investigada pela Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo.

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