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MS tem sete confirmados e quatro casos de mpox suspeitos

Capital teve a maioria dos positivos no ano, enquanto o interior tem os que são investigados neste momento

Por Cassia Modena em 16/08/2024 às 17:42:35

A análise de materiais biológicos é realizada no Lacen-MS, em Campo Grande. (Foto: Divulgação/Arquivo/Governo do MS)

Faz dois dias que a OMS (Organização Mundial de SaĂșde) declarou a mpox como emergĂȘncia mundial. Em Mato Grosso do Sul, o quadro da doença é considerado tranquilo. Até a manhã desta sexta-feira, 16 de agosto, o nĂșmero de casos confirmados este ano, no Estado, é de sete e hĂĄ quatro em investigação.

As pessoas com suspeita da infecção são de TrĂȘs Lagoas, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo e Jardim, segundo informou a gerente das ISTs (Infecções Sexualmente TransmissĂ­veis), HIV/Aids e hepatites virais da SES (Secretaria Estadual de SaĂșde), Alessandra Salvatori.

JĂĄ as confirmações ocorreram em Campo Grande (6) e em Ponta Porã (1). Até o momento não hĂĄ registro de mortes decorrentes da doença no estado.

O material coletado dos pacientes são analisados no Lacen-MS (Laboratório Central de SaĂșde PĂșblica de Mato Grosso do Sul) e o resultado costuma sair em até quatro dias.

Nova variante

Embora sejam poucos os casos positivos e suspeitos no Estado, até o momento, Salvatori alerta para a nova cepa do mpox, a mais letal identificada desde que o vĂ­rus é conhecido. A variação perigosa não circula no Brasil, ainda.

"Faremos o monitoramento dos casos positivos para conseguir perceber quando a cepa vai começar a circular no nosso paĂ­s, o que entendemos ser uma consequĂȘncia que não tem como burlar", falou a gerente. Essa identificação serĂĄ feita por sequenciamento genético disponĂ­vel em laboratórios de referĂȘncia do Rio de Janeiro (RJ).

A gerente das ISTs, HIV/Aids e hepatites virais da Secretaria Estadual de SaĂșde, Alessandra Salvatori (Foto: Cassia Modena)

A nova variante é chamada de 1b. A que circulava isoladamente até então, e motivou a primeira declaração de emergĂȘncia mundial da mpox em 2022, é a 2b.

Grupos vulnerĂĄveis e sintomas - O vĂ­rus é transmitido principalmente durante o ato sexual. Sendo assim, pessoas convivendo com HIV, homens que fazem sexo com homens e pessoas sexualmente ativas são considerados os grupos mais vulnerĂĄveis para a doença.

No entanto, preocupa o registro da doença em crianças no continente africano, onde a mpox foi identificada primeiro e chamada inicialmente de "varĂ­ola dos macacos".

"Se percebeu alto nĂșmero de transmissão em crianças. Ela ocorre por contato com as lesões na pele, então, acredita-se que seja transmitada pelos cuidadores", explicou Alessandra.

Os sintomas mais comuns da mpox são febre, Ă­nguas (glânglios inchados visĂ­veis no pescoço) e erupções na pele que, de inĂ­cio, podem ser confundidas com varicela ou "até com pelo encravado", avisa a gerente.

Vacinação - Em Mato Grosso do Sul, 400 doses de vacina para a cepa 2b da mpox foram enviadas a 10 municĂ­pios, quando houve o primeiro alerta sobre a emergĂȘncia mundial da doença.

Além dos grupos vulnerĂĄveis, técnicos de laboratórios também foram vacinados, lembra a gerente de imunização da SES, Ana Paula Rezende Goldfinger. Restaram apenas trĂȘs nos estoques.

A representante explica que o Brasil negocia o envio de 25 mil doses que protegem contra a nova cepa, com a ajuda da Opas (Organização Pan-americana de SaĂșde). A vacina ainda não é autorizada pela Anvisa (AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria) e não pode ser comprada por clĂ­nicas particulares, mas tem permissão para ser usada na rede pĂșblica diante de surto.

Quando chegarem, a SES planeja repetir a mesma estratégia usada na imunização contra a 2b. "A gente procura as pessoas para vacinar, a gente entra em contato com centros especializados a atender grupos de vulnerabilidade", finaliza Ana Paula.


Fonte: Campo Grande News

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