Arauco avança com projeto da fábrica de celulose em MS

A Arauco Celulose do Brasil S/A apresentou um Estudo de Impacto Ambiental (RIMA) para iniciar o processo de obtenção de licença para a instalação de sua fábrica em Inocência, no Mato Grosso do Sul. O documento contém os procedimentos para a implantação da fábrica, os impactos que podem ser causados com o projeto bem como as medidas que serão tomadas para mitigar esses impactos.

O RIMA demonstra como será implantado o projeto de produção de celulose branqueada a partir do processamento de toras de eucalipto, iniciando com a retirada das cascas, picagem, estocamento, cozimento e secagem, além de cada etapa química envolvida, como a dissolução das fibras da madeira enquanto é cozida.

O documento também explica que cada fase será desenvolvida com as tecnologias mais avançadas visando reduzir os impactos ambientais e garantir a eficiência nos processos, com menos perdas. A nova unidade fabril produzirá cerca de cinco toneladas de celulose, com previsão de emprego de 10,5 toneladas de eucalipto para cada linha de produção.

Com previsão de início em 2025, as obras para construção da nova fábrica têm duração estimada de 40 meses e deve iniciar suas operações no primeiro trimestre de 2028. No auge da construção são esperados cerca de 12 mil trabalhadores e o funcionamento contará com mais de mil pessoas.

De acordo com o Estudo, a implantação incluirá a construção de alojamento para nove mil trabalhadores, com um ambulatório, uma via de acesso, local para recebimento da matéria-prima, as estações para tratamento de água e de efluentes, a terraplanagem, incluindo a geração de energia para o uso na fábrica consta. Para isso, será necessário remover 69,3 hectares de vegetação em uma já modificada, que estava sendo utilizada para pecuária.

Entre as medidas mitigatórias que a Arauco adotará estão a recuperação de áreas – o regramento estadual prevê o plantio de cinco árvores para cada uma extraída – ; o uso de tecnologia para minimizar ruídos, odores e gases; durante a obra gerenciar os resíduos e buscar o reaproveitamento e reciclagem.

Além disso, no RIMA apresentado ainda menciona 16 frentes de ação da empresa e afirma que ela manterá um programa voltado à fauna, sobre afugentamento, captura e monitoramento, além de acompanhar a qualidade da água do rio Sucuriú.