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Com R$ 510 milhões em aeroportos e planos para ferrovias, MS mira futuro logístico

Entre ferrovias, rodovias e aeroportos, o governo aposta no futuro do transporte

Por A Critica em 14/02/2025 às 17:14:38

Ferrovia - (Foto: ABrasil)

Na última quinta-feira (13), em Corumbá, Eduardo Riedel parecia já enxergar Mato Grosso do Sul como um grande hub logístico. "Temos uma vocação logística muito forte", afirmou o governador, citando investimentos em rodovias, ferrovias e aeroportos que, segundo ele, transformarão o estado em uma das principais portas de exportação do país.

A promessa não é pequena. Somente na remodelação dos aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, a concessionária espanhola Aena anunciou um investimento de R$ 510 milhões. As obras começam em março. "Não foi só ganhar a concessão e continuar como estava, mas um compromisso real de infraestrutura e tecnologia", disse Riedel. A empresa administra o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o segundo mais movimentado do Brasil, e agora deve modernizar os terminais sul-mato-grossenses.

Aposta na ferrovia: uma cruzada por trilhos abandonados - O plano ferroviário é a grande bandeira do governador. "Vamos continuar nessa cruzada pela retomada da ferrovia", declarou. A Malha Oeste, que corta Mato Grosso do Sul e liga Corumbá a São Paulo, está há anos sem operação eficiente. O primeiro passo para revitalizá-la será o trecho de 70 km entre Corumbá e o distrito de Porto Esperança, fundamental para o transporte de minério.

A lista de trechos estratégicos inclui: Ribas do Rio Pardo a Três Lagoas, Três Lagoas a Aparecida do Taboado e Inocência até a Malha Paulista Norte. O governo estadual acredita que a ferrovia pode ser a principal saída ferroviária brasileira para o Oceano Pacífico, conectando-se com a Bolívia. "Se tem uma saída pelos trilhos, essa saída é por aqui, e não pelo Peru, onde é impensável cruzar a Floresta Amazônica", disse Riedel.

Rodovias e a ligação com o exterior - Os trilhos são uma parte da equação. A outra está nas estradas. A concessão do trecho leste da BR-262, onde será implantada a Rota da Celulose, é um dos projetos em andamento. Essa rodovia também se conecta ao corredor bioceânico, um conjunto de estradas que encurtará o trajeto entre o Brasil e os portos do Pacífico, passando por Paraguai, Argentina e Chile.

Outro ponto central no plano de logística é a privatização da Hidrovia do Paraguai, parte de uma iniciativa federal para aumentar o transporte fluvial de cargas, especialmente grãos e minérios. O modal hidroviário, mais barato e sustentável, pode aliviar o fluxo de caminhões nas estradas, reduzindo custos logísticos para produtores do estado.

Quanto será investido? Além dos R$ 510 milhões nos aeroportos, o Plano Aeroviário do Estado prevê R$ 250 milhões em investimentos até 2026. O objetivo é fortalecer os aeroportos regionais e ampliar a malha aérea do estado

Os valores para a recuperação da Malha Oeste ainda não foram oficialmente divulgados, mas especialistas estimam que a revitalização completa poderia exigir algo em torno de R$ 5 bilhões. O impacto, no entanto, pode ser expressivo: com uma ferrovia operando em alta capacidade, o custo do frete pode cair em 30% a 40%, tornando Mato Grosso do Sul mais competitivo para exportações.

A visão do governo é clara: transformar Mato Grosso do Sul em um dos principais corredores logísticos do Brasil. Se os projetos forem executados como planejado, o estado pode, de fato, mudar de patamar nos próximos anos. Mas entre os anúncios e os trilhos funcionando, há um longo caminho a percorrer.

Fonte: A Critica

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