Sabe aquele desânimo e angústia que costumam aparecer no domingo à noite ao pensar nos compromissos do dia seguinte?
Você sente a sensação de que nada é suficiente e que todos os resultados, por melhores que sejam, acontecem apenas por sorte?
Essas sensações, que afetam milhares de pessoas, são indícios da síndrome da segunda-feira e da síndrome do impostor, e merecem atenção, por isso a psicóloga Thaís Marcela fala mais sobre o assunto. Confira!
Síndrome do impostor
São comportamentos que as pessoas têm contra elas mesmas. Pode chegar a um nível tão alto de cobranças, que a pessoa começa a se sabotar.
A síndrome do impostor cria um círculo vicioso de autossabotagem, dúvidas e baixa autoestima. Mesmo que obtenha resultados positivos, o indivíduo não consegue acreditar em si mesmo, acha que não sabe nada. Para resumir, é uma síndrome onde a pessoa tem o comportamento de não acreditar em si mesma.
Gatilhos
Geralmente pessoas que desenvolvem a síndrome na fase adulta, quando eram crianças tinham uma família que, de forma inconsciente, as cobravam muito, diziam "você é inteligente, precisa chegar lá", às vezes até por uma pressão psicológica, fazendo com que crescessem com a necessidade de dar conta de tudo e, no momento em que não conseguem realizar algo, é quando se sabotam e acham que tudo o que fizeram não foi o suficiente.
Outra questão importante de pontuar é que depende muito também do local de trabalho onde essa pessoa está. Por exemplo, ao ser promovida, ela quer ser melhor, muitas vezes tem um chefe que faz muitas cobranças, metas a serem batidas, e isso acaba despertando uma necessidade maior de cumprir tudo.
É mais comum os gatilhos serem acionados no ambiente profissional, não que nas outras áreas não sejam, mas este espaço é o mais comum, é onde pesa mais, pois é o que se faz todo dia e o local que estamos em prova constante.
Alerta
É importante avaliar a autocobrança. Também é essencial se permitir, entender quais são as nossas limitações e saber que somos seres humanos, que podemos falhar.
Quando você perceber que está se cobrando de forma extrema, pode saber que tem algo lhe sabotando, desenvolvendo assim a síndrome do impostor.
Síndrome do impostor e síndrome de burnout
Esse sentimento de querer ir além pode desenvolver a síndrome de burnout, porque ocasiona o acúmulo ao longo do tempo, o esgotamento mental/profissional.
Quando o "ir ao trabalho" gera um cansaço, uma ansiedade, sentimentos e sintomas negativos, fiquem atentos, pois pode ser o desenvolvimento da síndrome de burnout.
Algo necessário pontuar também é que nem sempre o ambiente corporativo é o culpado, ou o chefe, mas da própria pressão que o funcionário coloca em si e no trabalho.
Síndrome da segunda-feira
Já a síndrome da segunda-feira não se trata apenas de um fenômeno psicológico, mas de uma questão de metabolismo.
O que as pessoas fazem aos fins de semana? Elas comem bastante, se desligam do mundo, fazem tudo o que acham que deveriam fazer e que não fariam durante a semana. Desta forma, até o nosso próprio corpo sente isso aos domingos, não é à toa que costumamos estar mais cansados, com o metabolismo mais lento.
É como se acumulássemos tudo e depositássemos na segunda-feira. Essa síndrome vem do peso que temos de colocar as responsabilidades da nossa vida em pessoas/coisas/dias.
Síndrome da segunda-feira X síndrome do impostor X síndrome de burnout
Todas as três síndromes estão interligadas, é como se uma coisa puxasse a outra, por isso é importante prestar atenção em cada detalhe do seu comportamento no dia a dia.
Tirar o trauma da segunda-feira, tem como?
- Mantenha uma rotina
- Determine um dia do fim de semana para aproveitar e tire o outro para descansar
- Mude seus pensamentos, pois o problema não é a segunda-feira, mas talvez onde você está ou o que está fazendo
- Viva os outros dias como se fosse sexta-feira, ou como se todos fossem iguais
Fique atento!
Comecem a se observar mais. Temos a tendência de querer cuidar tanto dos outros que acabamos esquecendo de nos olharmos.
Fonte: Assessoria UCG