Há oitenta anos, Ribas do Rio Pardo, MS, mal se destacava no mapa, sendo apenas um modesto povoado no coração do cerrado, quase engolido pela vegetação nativa, sem indícios de pastagens à vista. No entanto, ao longo das décadas, testemunhou um crescimento gradual impulsionado pela pecuária, até que na década de 1970, sua paisagem conheceu uma transformação radical com a chegada do reflorestamento de eucalipto e pinos, desencadeando uma revolução na economia local.
Apesar das esperanças iniciais de abrigar uma fábrica de celulose, o destino do eucalipto foi desviado para a produção de carvão, enquanto o pinho encontrou seu propósito em tábuas e paletes nas serrarias locais. Foi o Grupo Transparana, impulsionado pelo volume de carvão disponível, que inaugurou a produção de ferro gusa na região, mantendo a economia local sob o comando da família Correia e alcançando reconhecimento internacional como uma potência vetorial, motivo de orgulho para toda a cidade.
Paralelamente, o setor pecuário floresceu, alçando Ribas do Rio Pardo ao título de capital nacional do gado. Demonstrando visão e confiança no potencial do município, o investidor paulista Mário Celso deu os primeiros passos para a construção daquela que viria a ser a maior fábrica de celulose do mundo: a Suzano. Hoje, a cidade divide sua economia entre os setores agropecuário e de reflorestamento, e em junho de 2024, celebra a inauguração definitiva da fábrica, gerando milhares de empregos e consolidando-se como um polo econômico promissor.
O progresso atual de Ribas do Rio Pardo é parte integrante de sua rica história de oitenta anos, marcada por desafios superados, visão empreendedora e um compromisso firme com o desenvolvimento econômico sustentável. A cidade, que um dia foi apenas um pequeno povoado no meio do cerrado, hoje se destaca como um exemplo de transformação e crescimento, inspirando outras comunidades a trilharem o caminho do progresso com determinação e perseverança.
Fonte: Redação 90FM