O prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (PT), enviou um ofício diretamente ao diretor- presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes Monteiro, apontando que já fez manifestações anteriores e a cidade "pede socorro" diante do problema das quedas constantes do fornecimento de energia. Segundo ele, a situação chegou a afetar o funcionamento de repartições públicas e atividades empresariais.
O prefeito mencionou que a falta de energia prejudicou a produção de água tratada pela Sanesul e na segunda-feira (20) foi preciso liberar alunos das escolas. O problema, forçou secretarias municipais a suspender o atendimento e bancos enfrentam oscilações em horários de pico.
Conforme o prefeito, quando chove, a falta de energia se agrava. Ele menciona também transtornos nas moradias e empresas. Para Danieze, não houve estruturação do fornecimento de energia na proporção do crescimento da demanda vivenciada na cidade, que é sede do maior investimento privado do País, a construção de uma fábrica de celulose da Suzano, que gerou a previsão de empregar até dez mil pessoas no auge da obra e atraiu muitas pessoas e empresas para a cidade.
Entretanto, o próprio prefeito informou que foi criada uma subestação, com investimento de R$ 30 milhões. Ele diz que os transformadores não dão conta do volume consumido, além de afirmar que há fiação antiga. O prefeito enviou um vídeo que mostra fogo na rede de fios, no topo de um poste, situação que ocorreu em setembro.
Segundo ele, após o envio do ofício, o presidente da empresa conversou diretamente com ele e anunciou a atuação de uma força-tarefa para atender a cidade.
Temporal: A Energisa não falou especificamente sobre o problema relatado, como o investimento de R$ 30 milhões. Apenas informou que o temporal ocorrido no Estado no fim de semana provocou problemas no abastecimento em várias cidades e Ribas consta entre as que ainda enfrentam problemas na área rural, junto com Água Clara, São Gabriel do Oeste, Coxim, Bandeirantes, Camapuã, Corguinho, Jaraguari, Rio Verde, Rio Negro, Ponta Porã e Aquidauana. Campo Grande também demanda uma atenção especial diante de problemas causados pela ventania.
Conforme a empresa, foi necessário triplicar o número de equipes para atendimento das ocorrências. Houve reparos de alta complexidade e situações com dificuldade de acesso que tornaram a execução do serviço mais trabalhosa.
Fonte: Campo Grande News